Existe uma teoria de que toda informação, tanto a que já temos, como também aquelas que ainda virão a existir, na verdade, já existem em um outro plano. Doido não? Pera que fica mais.
Seria um plano etéreo, dos arquétipos, em um lugar que seria uma espécie de éter, uma nuvem que seria a fonte de tudo que se precisa saber. Esse lugar tem diversos nomes, que mudam conforme a visão e cultura. Cientistas o chamam de Espuma Quântica, Vácuo Quântico, Campo de Ponto Zero ou simplesmente o Campo.
Já pela visão da espiritualidade, é conhecido como éter, plano etérico e muitos se referem a ele como Registros Akáshicos. Mas afinal o que seria isso? Um lugar onde estão todas as informações? Que informações? De onde vem esse lugar?
Calma, vou tentar explicar para você. Mas já adianto, que quando falamos de Registros Akáshicos, não existem certezas. Mas é bem provável que após ler esse artigo, você saia daqui com mais perguntas.
O que de certo modo é ótimo! Pois é assim que a mente dos gênios trabalham. Vamos lá?
Sou Leonardo Born escritor de ficção, mistério, adepto da teoria da conspiração, e vou levar você agora para um lugar muito além das ideias.
O Éter ou Registros Akáshicos
Começando pelo lado da espiritualidade, o Éter ou os Registros Akáshicos, de acordo com a teosofia e a antroposofia, são um compêndio de todos os eventos, pensamentos, palavras, emoções e intenções humanas que já ocorreram no passado, no presente ou no futuro. Sim, no futuro!
Os teósofos acreditam que eles são codificados em um plano de existência não-físico, conhecido como plano etérico. Existem relatos anedóticos, mas não há qualquer evidência científica para a existência de tais registros. Mas isso é só o começo.
Akasha é uma palavra sânscrita que significa céu, espaço ou éter. É a substância energética da qual toda a vida (alma) seria formada, de acordo com a religião hindu.
Já Akáshico, é um plano da consciência cósmica que atua como arquivo, abrangendo tudo que ocorreu, ocorre e ocorrerá no universo. Pense nele como arquivo na nuvem, como o Google Drive por exemplo.
Segundo os hindus e os budistas, o Éter ou os Registros Akáshicos individuais da alma de cada um, os acompanham em todas suas encarnações. Estariam gravados pensamentos, palavras, emoções e ações geradas por cada uma das experiências vividas. Os budistas se referem a eles como “Memória da Natureza”.
As religiões que conciliam as reencarnações com os Registros Akáshicos, divergem sobre onde a conexão com essas informações seria feita.
Algumas teorias dizem que em cada vértebra da espinha dorsal há uma certa quantidade de registros de várias encarnações. Outras já são mais ousadas e dizem que isto estaria em meio ao nosso DNA.
Conforme Helena Blavatsky, escritora russa responsável pela sistematização da moderna Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica, os Registros Akáshicos ou Éter, seriam “a Alma Universal, a Matriz do Universo, o Mysterium Magnum do qual tudo quanto existe, é nascido por separação ou diferenciação. É a causa da existência; por todo espaço infinito… é o espaço.”
Ainda na visão espiritualista, eles seriam uma poderosa ferramenta de conexão com outros planos astrais, independentes da linearidade do tempo para ocorrer, sendo uma extensão da mente divina do homem.
A visão da ciência sobre o Éter
Já se fossemos tentar enxergar isso por um outro prisma, mais científico digamos, pense no Éter como o Tesseract do filme Interestelar. Aquele lugar onde Cooper, o personagem interpretado por Matthew McConaughey, vai parar após cair dentro de um buraco negro.
O já falecido físico John Wheeler, concebeu em 1955 um conceito que chamou de espuma quântica ou espuma espaço-temporal, que seria supostamente a fundação do tecido do universo.
O físico teórico propôs que, no nível quântico, o espaço-tempo não é constante mas sim “espumoso”, feito de minúsculas bolhas sempre em mutação. Quanto do que essas bolhas são “feitas”, trabalhos recentes sugerem que as bolhas de espaço-tempo são basicamente mini-universos se formando brevemente dentro do nosso. Parece coisa de ficção científica, não? Mas não para por aí.
Em 1913, Albert Einstein e Otto Stern deram vida à Teoria da Energia de ponto zero. Trata-se de uma situação onde não há espaço nem matéria, apenas energia de alta frequência, vibrando em uma velocidade inimaginável. Pelas leis da relatividade e da mecânica quântica, essa energia pode ser convertida em matéria sob condições incertas e incontroláveis, como é o caso da súbita variação de um campo elétrico ou flutuação de vácuo.
Um pouco de metafísica
Já a escritora e jornalista Lynne McTaggart, que escreveu o livro O Campo, traz novas ideias que podem ser consideradas como metafísicas.
Para McTaggart, durante os últimos anos, a ciência e a medicina têm convergido com o senso comum, confirmando uma crença generalizada de que tudo - especialmente a mente e o corpo - está muito mais conectado do que a física tradicional jamais permitiu.
O Campo estabelece um novo paradigma biológico: prova que nosso corpo se estende eletromagneticamente além de nós mesmos e de nosso corpo físico. É dentro desse campo que podemos encontrar uma nova maneira notável de olhar para a saúde, a doença, a memória, a vontade, a criatividade, a intuição, a alma, a consciência e a espiritualidade.
Estaríamos ligados ao Campo que é o Éter, pois somos parte dele, o que converge com uma outra teoria que diz que estamos todos conectados. Não só todos, mais tudo, como se fizéssemos parte de um Todo Maior, de onde vem tudo que imaginamos.
O universo é vibração
Seguindo essa linha de pensamento, vivemos em um universo vibratório. O que parece ser um espaço vazio é a sede de uma energia ilimitada. Tudo o que parece sólido é constituído de 99,9999999% de luz ou energia.
Cada coisa no mundo, desde este artigo, até seu carro e a roupa que você está usando, nada mais é do que uma luz estável condensada no Campo de Ponto Zero. É o que diz a física quântica. A luz (ou energia) vibra; ela tem uma ressonância ou frequência.
Agora, se retrocedermos, alguns estudiosos acreditam que essa energia é pura informação. Como os bytes de um computador. Informação que se move em forma de energia que dependendo da frequência em que vibra, dá forma a uma diversidade infinita de matéria.
O Campo de Ponto Zero
De acordo com alguns cientistas, um metro cúbico do Campo de Ponto Zero contém energia suficiente para ferver todos os oceanos do planeta. Outro autor que discorre sobre o assunto é Fritjof Capra em seu livro o Tao da Física.
O físico, em seu livro, nos dá uma visão onde a ciência moderna e a mística oriental, mostram as semelhanças entre essas duas pontas, que a princípio, parecem contrárias. O Éter nos envolveria numa dança cósmica, formando um sistema de componentes inseparáveis e em constante movimento, do qual somos parte integrante.
Pesquisador e conferencista experiente, Capra tem o dom notável de explicar os conceitos da física em linguagem acessível ao leitor, numa viagem fascinante, ao mundo dos átomos e das partículas subatômicas.
Caso queira se aprofundar no assunto, clique aqui para conhecer o livro.
Já para quem curte mais uma história de ficção científica relacionada ao tema, vale a pena ler Sombras do Paraíso, escrito pelo roteirista David S. Goyer, que roteirizou filmes como Batman Begins, The Dark Knight, Man of Steel e Batman v Superman: Dawn of Justice.
O uso dos Registros Akáshicos
Vale lembrar também que alguns atribuem aos Registros Akáshicos, diversas ideias memoráveis tidas por cientistas de nosso planeta.
Como a lei da Gravidade de Newton, onde ele ao ver uma maçã cair de uma árvore, diz ter “vindo à sua mente” um pensamento de que devia haver alguma razão para a maçã cair no chão e não ir para cima. E foi assim que ele chegou à conclusão de que existe uma força exercida pela Terra que puxa (atrai) todos os objetos para baixo em sua direção.
Assim como o matemático indiano, Srinivasa Ramanujan, que segundo diziam , foi inspirado pelos deuses. Ele tinha um talento extraordinário para descobrir misteriosas relações entre diferentes números, expressas em fórmulas extremamente complicadas das quais ninguém suspeitara antes.
Ramanujan quase nunca conseguia explicar como havia chegado às fórmulas e atribuía suas “intuições” à inspiração divina da deusa Mahalakshmi, protetora de sua família. Será que tanto Newton como o matemático indiano, não estariam puxando todas essas informações do Campo de ponto Zero?
Para quem quiser saber mais sobre o matemático Ramanujan, aqui vai uma ótima dica de filme: O homem que viu o infinito. Não vai se arrepender.
Agora pense no seguinte. E se todas as ideias, invenções e soluções criativas e incríveis tidas por diversas pessoas ao redor do mundo, como a eletricidade, o telefone, os foguetes e inúmeras outras descobertas, já existissem em uma outra dimensão.
O tal campo das ideias de Platão. E se elas estão desde sempre nesse Campo? Como informações em forma de energia, vibrando em uma frequência, que só é acessada quando alguém realmente se conecta.
Alguém que está tão empenhado em descobrir algo relacionado àquilo, tão obstinado, que consegue concatenar suas ondas de pensamentos com a frequência correta na qual está vibrando tal ideia.
E é aí que é feito o download. Claro, pode acontecer da mesma ideia ser conectada por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Casos como a descoberta do avião pelos irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wrigh e pelo brasileiro Santos Dumont, que aconteceram quase ao mesmo tempo.
Como pode ver, parece que há mais do que a ciência pode explicar, pelo menos por enquanto. Mas sabemos que em algum momento a ciência chegará a fonte, pois não é que algo seja inexplicável. Nós só ainda não conhecemos a explicação.
Um abraço e até o próximo artigo!
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