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Foto do escritorLeonardo Rodrigues do Nascimento

Civilização Perdida há 12 Mil Anos é Descoberta por Pesquisadores na África

Foto ilustrativa da região do Marrocos onde foi descoberta a civilização com mais de 12 mil anos.

A Grande Descoberta no Marrocos


Recentemente, arqueólogos anunciaram uma descoberta surpreendente no sítio de Oued Beht, localizado no Marrocos. Os vestígios encontrados datam de cerca de 4.000 a.C., revelando uma civilização agrícola pré-histórica que teria existido há cerca de 12 mil anos. Essa descoberta lança luz sobre o papel do Magreb, região noroeste da África, no desenvolvimento de sociedades complexas durante o Neolítico, fora do Egito.


Evidências de uma Civilização Perdida Avançada

Mão de uma arqueóloga feminina, segurando um pincel enquanto espana a terra na busca de objetos enterrados.

Os pesquisadores identificaram elementos que sugerem uma civilização com habilidades avançadas para a época. Entre os achados, estão plantas domesticadas, restos de animais, cerâmicas sofisticadas, ferramentas de pedra e poços profundos usados para armazenar alimentos. Esses poços lembram estruturas encontradas na Península Ibérica, sugerindo uma conexão entre África e Europa, o que evidencia trocas culturais e econômicas entre os continentes.


Além disso, marfim e ovos de avestruz, que não são nativos da Europa, foram encontrados no local, fortalecendo a hipótese de um intercâmbio comercial ativo entre essas regiões. Esses elementos são de extrema importância, pois indicam que essa sociedade do Neolítico estava envolvida em um sistema de trocas internacionais.


A Importância da Região do Magreb


Historicamente, o Vale do Nilo no Egito sempre foi considerado o berço das civilizações africanas. No entanto, essa descoberta amplia nossa compreensão sobre a influência de outras regiões africanas no desenvolvimento de sociedades complexas. O Magreb, geralmente associado a terras desérticas, mostrou-se um ponto estratégico no processo de formação das primeiras comunidades agrícolas da região mediterrânea.


O sítio de Oued Beht é um exemplo significativo disso. Com um tamanho similar ao da antiga cidade de Troia, a civilização ali estabelecida demonstra uma organização social avançada, com uma agricultura eficiente e trocas comerciais que incluíam itens de luxo. A complexidade dessa sociedade desafia as percepções anteriores sobre a África do Norte no período Neolítico.


Conexões com a Europa


desenho de um mapa da região do Marrocos onde a civilização perdida foi descoberta.

Uma das descobertas mais intrigantes foi a semelhança entre os poços de armazenamento encontrados em Oued Beht e aqueles da Península Ibérica. Isso sugere uma ligação direta entre os povos da África e da Europa, muito antes do que se pensava anteriormente. A presença de materiais como o marfim e os ovos de avestruz, que não são originários da Europa, reforça a ideia de que havia um fluxo contínuo de produtos e cultura entre os continentes.


Impacto da Descoberta


Essa descoberta marca um ponto de virada no estudo das civilizações africanas. Antes, acreditava-se que as grandes civilizações do continente estavam concentradas no Vale do Nilo, no Egito. No entanto, o sítio de Oued Beht revela que outras áreas, como o Magreb, também desempenharam papéis importantes na história das primeiras civilizações.


Os achados não apenas contribuem para o nosso entendimento da história da África, mas também alteram a maneira como enxergamos as interações entre os continentes durante o período Neolítico. Com essa descoberta, arqueólogos e historiadores terão que reconsiderar o papel do norte da África como uma encruzilhada cultural e econômica vital no mundo antigo.


Um Marco para a Arqueologia


Foto do s´tio arqueológico no Marrocos, mostrando a escavação.

A descoberta de uma civilização perdida há 12 mil anos no Marrocos é um marco significativo para a arqueologia. Revela que o continente africano, especificamente a região do Magreb, teve um papel muito mais importante no desenvolvimento das primeiras sociedades complexas do que se acreditava anteriormente.


Com evidências de trocas culturais e econômicas entre a África e a Europa, essa descoberta reescreve parte da história do Neolítico, mostrando que o norte da África estava longe de ser uma região isolada.


Essas novas informações sobre a civilização de Oued Beht não apenas mudam nossa compreensão do passado africano, mas também oferecem novas perspectivas sobre as interações humanas globais em épocas pré-históricas.


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